Neste ensaio clínico randomizado em cancro do pulmão metastático de não pequenas células com mutação KRAS G12C, mutação mais frequente em doentes de cancro do pulmão, foi testado um inibidor KRAS G12C (sotorasib) comparativamente a quimioterapia (docetaxel).
O endpoint primário analisado foi a sobrevivência livre de progressão (PFS). Todos os dados foram apresentados com uma mediana de follow up de 18 meses e “para o endpoint primário verificou-se uma diminuição de 34% do risco de progressão ou morte” com a terapêutica sotarasib. Estes resultados foram transversais “a todos os subgrupos analisados”. Ao fim de 1 ano de acompanhamento “verificamos mais do dobro dos doentes sem progressão da doença”, destaca o Dr. João Moreira Pinto.
Em termos de toxicidade, o sotorasib apresentou “menos efeitos secundários de grau 3 ou superior quando comparado com quimioterapia com docetaxel”.
Como tal o sotorasib “é uma opção em 2.ª linha em doentes com CPNPC com mutação KRAS G12C, cuja inibição tem sido um objetivo nos últimos anos e finalmente caminhamos nesse sentido”, comenta o oncologista.