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Atualizações e novos resultados apresentados em cancro da cabeça e pescoço

Atualizações e novos resultados apresentados em cancro da cabeça e pescoço

Presente em Paris para acompanhar o congresso da ESMO 2022, a Prof.ª Doutora Cláudia Vieira, oncologista do IPO do Porto, partilhou as suas considerações quanto aos dados de algumas opções terapêuticas para cancro da cabeça e pescoço, donde sobressaem os resultados de estudos com agentes de imunoterapia, conjugados com quimioradioterapia, e outras combinações. Assista ao vídeo.

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Do ponto de vista da especialista, o ESMO22 trouxe mais uma vez “dois dos protagonistas habituais”, o pembrolizumab e o novilumab, e também algumas atualizações “na análise do fenótipo de tumores de cabeça e pescoço, incluindo os tumores raros das glândulas salivares, geralmente não incluídos nos ensaios clínicos e que não têm um tratamento padrão”.

Começando por destacar a apresentação do ensaio clínico de fase III KEYNOTE 415, para “os doentes candidatos a quimioradioterapia com intuito curativo, em que se adicionou a terapêutica com pembrolizumab uma semana antes do início da quimioradioterapia, que se por mantinha por 17 ciclos”. O endpoint primário não foi atingido, no entanto a Prof.ª Doutora Cláudia Vieira sublinha uma “tendência positiva na sobrevivência livre de eventos ou sobrevivência global”.

Outro ensaio clínico que cativou a atenção da especialista, trata-se do IMMUNEBOOST, em que a terapêutica neoadjuvante nivolumab é testada antes de quimioradiação em doentes de alto risco com HPV e com cancro da orofaringe. “Este trabalho pode também ser considerado negativo, no entanto demonstra, mais uma vez, que os inibidores checkpoints imunológicos não acarretam maior toxicidade com associação à quimioradioterapia”.

Quanto às opções para os doentes com cancro da cabeça e pescoço de células escamosas localmente avançado, a Prof.ª Doutora Cláudia Vieira salienta outro estudo clínico de fase II, TrilynX. Este ensaio estudou a combinação terapêutica de xevinapant com quimioterapia (cisplatina) e radioterapia de intensidade modulada. Esta combinação terapêutica quase que duplicou a sobrevivência global dos doentes (53% versus 28%) relativamente ao braço controlo. Sendo de mencionar que este ensaio de fase II prosseguiu para fase III e recrutamento de doentes também se encontra ativo em Portugal.

A oncologista alude ao “sonho de qualquer oncologista, isto é, o de intervir numa fase de lesões pré-malignas e assim diminuir a hipótese de desenvolver cancro”. Como tal, referiu o trabalho de quimioprevenção do tratamento de leucoplasia com nivolumab. “Os doentes tratados com 4 ciclos de nivolumab tiveram uma resposta global de 36%”. Este estudo “é uma pequena luz” no sentido de puder intervir precocemente no desenvolvimento de carcinoma espinocelular da cavidade oral”.

Por fim, a atualização dos ensaios KEYNOTE 48 e KEYNOTE 40, quanto ao follow up a seis anos e cinco anos, respetivamente. Os dados apresentados corroboram “os resultados anteriormente apresentados e de acordo com as guidelines europeias e americanas como sendo a terapêutica (pembrolizumab) a adotar em carcinoma espinocelular da cabeça e pescoço”.

quarta-feira, 14 setembro 2022 14:26
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