O Dr. André Mansinho inicia destacando as novidades apresentadas no tratamento (neo)adjuvante em carcinomas de células renais. Mencionou os ensaios EMOTION010 com atelomizumab, o PROSPER com nivolumab e também o ensaio CHECKMATE-914 com epilumab e nivolumab, cujos resultados foram negativos. Estes resultados negativos foram comentados e analisados pelo oncologista.
O ensaio de fase III, KEYNOTE 564, em doentes de carcinoma de células renais após nefrectomia com elevado risco de recidiva foi também destacado pelo oncologista. Neste ensaio a terapêutica pembrolizumab foi estudada comparativamente a placebo. Os resultados mostraram “um benefício estatisticamente significativo para a sobrevivência livre de recorrência na utilização de pembrolizumab comparativamente a vigilância clínica nos doentes de alto risco que submetidos a nefrectomia prévia”.
Quanto à patologia de carcinoma de células renais claras metastático, um update do estudo CLEAR foi apresentado com um follow up de 33 meses em que os endpoints “de sobrevivência livre de progressão (PFS), taxa de resposta e sobrevivência global (OS) continuaram a ser superiores ao braço comparador sunitinib e mantendo magnitudes de benefícios semelhantes aos resultados apresentados anteriormente”, referiu o oncologista.
Um ensaio de apresentação da coorte 1 de um ensaio de fase II, LIGHTSPARK-003, em que a combinação terapêutica “de belzutifan e cabozantinib foi dada doentes que não tinham qualquer exposição prévia a qualquer tipo de terapêutica”. Os resultados obtidos foram bastante promissores para prosseguir para uma fase III, em que “uma taxa de resposta de aproximadamente 60% foi obtida, com uma mediana de PFS de 30 meses e um perfil de segurança bastante aceitável”, concluiu o Dr. André Mansinho.
A apresentação do ensaio KEYNOTE B61 com combinação terapeuitca de pembrolizumab e lavantinib em 1.ª linha de tratamento de doentes de carcinoma de células não claras renais. O oncologista destacou o facto de que na sua maioria os doentes deste ensaio possuíam tumores papilares e os resultados mostraram “uma taxa de resposta alta (53%)”.
Para finalizar, referiu o estudo clínico apresentado na sessão presidencial, o COSMIC-313, em doentes com carcinoma de células renais avançado ou metastático sem tratamento prévio. Este ensaio mostrou resultados estatisticamente significativos em termos de PFS, no entanto, “os resultados do estudo ficaram aquém do esperado porque esperávamos um aumento estatisticamente significativo na taxa de resposta e diminuição dos resistentes primários”, segundo a opinião do oncologista.