Na área do cancro da próstata não metastático pós-cirurgia destacou o ensaio clínico Radicals-HD, que testou a duração de hormonoterapia combinada com radioterapia em adjuvância. “O endpoint primário de sobrevivência livre de metástases suporta um benefício da duração mais longa (24 meses) da hormonoterapia combinada com radioterapia” comparativamente ao tempo mais curto (6 meses). “Este estudo é o primeiro e mais recente estudo a sugerir que mais hormonoterapia é melhor que menos hormonoterapia”, atesta o especialista.
Relativamente ao cancro da próstata avançado, destacou “os resultados interessantes do ensaio clínico STAMPEDE, cujos benefícios clínicos em termos de sobrevivência global (OS) ao fim de 7 anos mantêm-se com a combinação de terapia de privação androgénica (ADT) e da abiraterona e prednisolona. Um dado importante também referido pelo oncologista foi que “o benefício de combinar abirateroma e prednisolona com enzalutamida não parece existir”. Este resultado veio ao encontro dos dados apresentados noutros settings da doença.
Outro ensaio clínico a decorrer — SPLASH — avalia-se a terapêutica PSMA [Lu-177] versus ou enzulamida ou abiraterona em doentes de cancro da próstata metastático resistentes à castração. “Os resultados preliminares de eficácia foram bastante promissores”, destaca o Dr. Pedro Barata.
Para finalizar, mencionou o ensaio PROpel, onde a combinação de olaparib com abiratrona é avaliada em doentes de 1.ªlinha resistentes à castração. O oncologista enfatizou que esta combinação foi oferecida a todos os doentes, independentemente “da presença de um biomarcador”. Os resultados “continuam a confirmar o benefício desta combinação terapêutica para doentes não selecionados, no entanto, mostrando um benefício mais evidentes nos doentes com mutação BRCA”. “Este ensaio levanta questões interessantes e desafia o conceito da presença de um biomarcador para haver benefício dos inibidores da PARP”, concluiu o oncologista.