O primeiro ensaio clínico destacado foi o CodeBreaK 200, em doentes de cancro do pulmão. Sabemos que a “mutação KRAS G12C afeta cerca de 13% dos doentes com cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC) não escamosas”. Este ensaio clínico de fase III estudou a terapêutica de sotorasib versus quimioterapia (docetaxel), em 2.ª linha e posteriores, em doentes CPNPC com mutação KRAS G12C. “Em termos de sobrevivência livre de progressão (PFS) obteve-se um HR de 0,66, significando uma redução de 34% da progressão da doença ou morte”. O dobro taxa de resposta objectiva (ORR) foi observado na terapêutica com sotorasib quando comparado com docetaxel, bem como um aumento da qualidade de vida (QdV) dos doentes. “O sotorasib será uma terapêutica para alterar a prática clínica”, afirmou a oncologista.
Destacou também o ensaio clínico de fase III, o IPSOS, em que doentes de CPNPC não escamosas e escamosas com ECOG2ou 3, ou com idade superior ou igual a 70 anos, com comorbilidades e contraindicação para dupleto de platinas. A terapêutica de atezolizumab foi testada comparativamente com quimioterapia à escolha do investigador (vinorelbina versus gemcitabina). Os resultados apresentaram uma melhoria na sobrevivência global (HR 0.76) e taxas de resposta superiores no braço do atezolizumab (independente de expressão de PD-L1). “Esta terapêutica mostrou-se associada a um boa QdV dos pacientes”
Referiu mais alguns ensaios clínicos resumidamente e concluiu, afirmando, que as novidades apresentadas neste ESMO22 em cancro do pulmão mostraram resultados promissores para os doentes, quer em termos de terapêuticas, quer em termos de sobrevivência e qualidade de vida dos doentes com CPNPC.