Nesta edição do ESMO 2022, a Dr.ª Ana Joaquim destacou os dados secundários de MONARCH 3 apresentados em doentes do cancro da mama recetores hormonais positivos (RH+), abemaciclib com inibidor de aromatase (IA) versus IA , cuja segunda análise interina da sobrevivência global (OS) mostrou uma tendência positiva, mas sem “significância estatística ainda atingida”, Esta significância estatística que poderá vir a ser atingida com os resultados finais de 2023.
Ainda no contexto de cancro da mama RH+, destacou três trabalhos de investigação em degradadores seletivos de recetor de estrogénio (SERDs) em contexto paliativo, que demonstraram” resultados negativos em termos do endpoint primário”. No entanto, no subgrupo “de doentes com mutação ESR1, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa ou uma tendência positiva em termos de endpoint primário corroborando a necessidade de implementar este marcador na prática clínica”, referiu a médica.
Indicou os resultados apresentados de sobrevivência global (OS) do ensaio clínico de fase III, TROPICS-02, que testou a terapêutica scituzumab govitecan versus escolha do investigador em doentes multitratados de cancro da mama RH+/HER-. Os resultados mostraram um aumento de três meses de OS nos doentes tratados com sacituzumab govitecan, representando uma alternativa viável, eficaz e segura para ser usada em doentes RH+/HER2-.
O ensaio Keynote 522 de fase III testou imunoterapia neoadjuvante em cancro da mama triplo negativo. Os resultados de qualidade de vida (QdV) dos doentes foram apresentado e indicaram que “a utilização dos inibidores checkpoints imunológicos não agravou a QdV dos doentes tratados”, como conclui a médica.