Destacou os resultados de sobrevivência global (SG) aos 7 anos apresentados do ensaio clínico SOLO-1 em cancro do ovário. Os resultados deste estudo em termos de resultados de sobrevivência livre de progressão (SLP) já tinham sido estatisticamente significativos “nos doentes com mutação BRCA tratados com terapêutica de manutenção com olaparib, com resposta prévia parcial a completa com terapêutica com platinos”. Os resultados ainda provisórios, suportaram a continuação da sua utilização em doentes de cancro do ovário com mutação BRCA após uma 1ªlinha de quimioterapia.
Referiu também os resultados de 5 anos de follow up do estudo PAOLA na terapêutica combinada de olaparib e bevacizumab. Neste estudo a melhoria na “SG da população glotal não foi estatisticamente significativa, mas na população com deficiência nos genes de recombinação homóloga verificou-se um ganho de 27% em termos de SG comparativamente ao braço placebo (HR 0,41)”. Conclui “temos a confirmação da eficácia desta associação terapêutica em doentes do cancro do ovário com deficiência na recombinação homóloga após uma 1ªlinha de quimioterapia com base de platino”.
O estudo clínico Ariel 4 comparou rucaparib com quimioterapia em doentes com cancro do ovário politratadas, com mutação BRCA germinativa ou somática. Destaca que os resultados de SG não atingiram significância estatística.
Destacou o estudo ATALANTE em doentes platino-sensíveis com cancro do ovário. Os resultados apresentados do “endpoint primário (SLP) não alcançaram impacto estatístico”.
“A imunoterapia pode, de facto, estar reservada para o cancro ginecológico (colo do útero e endométrio)”, menciona a oncologista. Indica o estudo PEACOOC, em doentes de cancro do colo do útero com terapêutica de pembrolizumab até progressão de doença. Os resultados foram estatisticamente significativos, pelo que “parece que o pembrolizumab pode vir a ser uma opção terapêutica em 2ªlinha do cancro do colo do útero”, menciona a Dr.ª Mafalda Casanova.
Termina com o estudo clínico KEYONOTE 775, com resultados estatisticamente significativos de SG apresentados. “A imunoterapia veio para ficar como terapêutica para cancro do endométrio”, finaliza a oncologista.