Destacou o a análise interina do estudo clínico MONARCH 3, em que se estudou o abemaciclib em 1.ª linha, que “mostrou um benefício na sobrevida superior a um ano (12,5 meses)”. Apesar de ser uma análise preliminar, corrobora o “valor de utilizar os inibidores das cinases dependentes da ciclina 4 e 6 (iCDK4/6) em 1.ª linha de tratamento”.
Referiu também um conjunto de estudos clínicos em inativadores seletivos de recetores de estrogénio (SERD), “cujos resultados apresentados se mostraram aquém do esperado”.
Destacou os resultados do estudo clínico de fase II AMEERA-3, em que o amcenestran (SERD) foi estudado comparativamente a outros tipos de SERD, nomeadamente o usado na prática clínica (fulvestrant). “O benefício na sobrevivência livre de progressão (PFS) é mínimo, e este agente tem mais efeitos secundários quando comparado com o fulvestrant.” Um outro estudo clínico de fase II, testou o giredestrant (SERD) comparativamente a fulvestrant ou inibidor de aromatase (IA), e “mostrou um benefício muito limitado”. No entanto enfatiza que estes estudos demonstram que estes SERDs podem ser importantes para doentes de cancro da mama com mutação ESR1, representando eventualmente “um possível biomarcador para que esta terapêutica poderá ser mais benéfica”, conclui a oncologista.
Destacou o estudo clínico TROPICS2 em doentes RH+/HER2- tratados com sacituzumab govitecan (SG). Refere que o benefício observado de 1,5 meses em PFS, na sua opinião “não tem muito valor clínico, principalmente devido aos custos e toxicidade” associados a esta terapia. Destaca, no entanto, que os resultados mostraram que “a percentagem de doentes sem progressão a 12 meses é de 20 % para o SG versus 7 % no braço controlo”, pelo que “poderão haver doentes que possam efetivamente beneficiar, mas precisamos de um biomarcador.”
EM doentes com cancro da mama HER2+, finaliza com o update apresentados do ensaio clínico de fase II monarcHER, em que “os resultados apesar de serem interessantes não são suficientes para mudar a prática clínica. Precisamos de dados mais robustos de uma fase III”.